quarta-feira, 28 de outubro de 2015

É o que tem Abzund no Game Day BFZ

Com a valorização do dólar e a possibilidade de uma melhor utilização das Fetchs no Standard, os decks passaram a ficar cada vez mais caros em uma escala assustadora, o que limitou bastante a participação de times como o meu, que consegue ter no máximo um set das melhores cartas do formato. Sendo assim, decidimos para o Game Day de BFZ por montar um deck “fechado” (Red Atarka) e um outro com “o que tem”, e esse “o que tem” acabou por ser um compilado de cartas fortes com uma base de mana horrorosa, ou seja, a lista que se segue, o qual chamei carinhosamente de Abzund.
Eu achei que fossem aparecer mais mono-reds no campeonato e para minha surpresa, das 16 pessoas, somente 2 estavam com o deck, e um deles era o meu sócio, o que me deixou menos preocupado, já que decks rápidos seriam minha caveira, segundo o treino que fizemos na terça-feira da semana do Game Day.
Na primeira rodada peguei um UB Aristocrats, um deck similar ao que eu havia jogado algumas vezes antes do campeonato começar e tinha perdido 80% dos jogos. No game 1 não foi diferente, mesmo vindo somente a base preta dele, com 10 de vida ele começou a fazer as trocas típicas do arquétipo e me matou com três Degolador de Zulaport e alguns Rebentos Eldrazi sacrificados pra mana. Já no game 2 consegui encaixar um Envolver em Seda no Degolador de Zulaport e fechar com Sorin e Tokens de Proteger os Ermos. No game 3 ele veio meio devagar e travou no segundo terreno enquanto resolvi Rinoceronte de Cerco nos turnos quatro, cinco e seis. Começo meio dramático, mas consegui ganhar. 2-1 1-0.
Segunda rodada peguei um Esper Dragons. O game 1 foi bem tenso desde o começo com meu oponente respondendo absolutamente tudo que eu tentava fazer, até que resolveu um Ojutai seco e passou. Ainda no turno dele resolvi um Fim Crepitante. Com Protetor do Covil e Comando de Kolaghan na mão, comecei a bater e minar os recursos dele até fechar o jogo. No game 2, depois de 2 Coação ele foi obrigado a fazer o Ojutai sem nenhum outro recurso, o que acabou complicando o jogo pro meu lado. Com 4 de vida eu consegui remover o Ojutai e alguns turnos mais tarde resolver um Rinoceronte de Cerco que fechou a partida. 2-0 2-0 e eu já me animava com a possibilidade de um Top 4, já que para Top 8 seriam necessários ao menos 17 jogadores.
Terceira rodada foi contra o Monoblack do cara mais legal que joga na loja (oi Tanaka), e pra minha preocupação, ele tinha acabado de ganhar do meu sócio. O game 1 ele abriu com Raivoso Queixo-Sangrento, Fanático Queixo-Sangrento e Titã de Érebo, que felizmente eu consegui responder com algumas remoções e fechar o jogo com dois Rinoceronte de Cerco. Como ele só havia resolvido criaturas médias e grandes, dei side-out em dois Raio Voltaico e side-in em duas Roca do Vôo Duplo. O game 2 foi meio truncado no começo porque ele fez várias criaturas pequenas que eu precisava trocar com meus drops 2 e 3 até que coloquei um Sorin na mesa, mas estava difícil de manter vivo. Depois de comprar um Rinoceronte e uma Roca seguidos eu consegui abrir uma certa vantagem e mesmo errando a conta do dano final consegui ganhar. 2-0 3-0 e só havia mais um 3-0 o qual empatamos e garantimos o Top 4. E as boas notícias foram que meu sócio ganhou na última rodada, indo pro Top 4 e o Tanaka também.

Como eu já havia “jogado” com os outros dois, fui pareado com meu sócio no Top 4, e para aumentar as chances da gente ganhar, deixei que ele passasse, e ele fez a final com o Monoblack.

Considerações finais para um deck que eu realmente gostaria de jogar de novo com uma base de mana decente, porque Protetor do Covil, Comando de Kolaghan, Rinoceronte de Cerco e Fim Crepitante são cartas que ganham jogo sozinhas. Destaque que o Game Day era de BFZ e dessa coleção eu não estava usando nem os terrenos básicos e tive um desempenho bom, segundo amigos e o próprio pessoal da loja, “um dia atípico”.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Atarka, Death & Taxes

Como não é segredo para ninguém, jogo Magic há um tempo já, e mesmo assim não cheguei nem perto de ser bom nisso, entretanto, como em todos os aspectos, pretendo aprimorar minhas habilidades nesse joguinho também, e em função disso, começarei a postar meu desempenho em alguns campeonatos, decisões delicadas e algumas listas para que os mais corajosos se arrisquem a interagir. Sem mais delongas, lá vai:
Primeiramente, a lista do Atarka Red que usei no Friday Night que, embora pequeno devido ao número limitado de jogadores, me possibilitou um resultado bem satisfatório. 3-0 sendo 2-0, 2-0 e 2-0.

Primeira rodada peguei um Esper Dragons, no game 1, embora não tenha aberto uma mão muito explosiva, cheguei a deixá-lo a 1 de vida no início do jogo, mas com alguns “Invocação da Língua Vil” e “Comando de Ojutai” ele conseguiu voltar pro jogo e estabilizou a 8 de vida com um Ojutai em jogo. Aí que eu comprei dois Excelência em Pirotecnia seguidos e meu oponente morreu com uma mão cheia de counters. No game 2, mesmo com ele começando e resolvendo 2 Clérigo Arashin não foi possível passar do turno 5, onde a porrada somou 17 de dano só nesse turno.
Segunda rodada o jogo foi contra um WW bem chato, o qual já havia me derrotado outras vezes, mas o dia estava bom pra mim e todas as mágicas vieram na hora certa, tanto no game 1 quanto no game 2, que resolvi um Raio Voltaico 3 por 1 seguido de um Ato de Traição em um Arcanjo dos Dízimos que desestabilizou completamente o meu oponente.

Terceira rodada foi um “mirror” e as aspas se dão pelo simples fato de a lista do meu oponente ser idêntica à vista no Open da StarCity e a minha ser a versão do “é o que tem”. O game 1 foi bem apertado com várias trocas justas e decidida no top deck de um Excelência em Pirotecnia quando ambos estavam já sem bixos, já o game 2 foi meio estranho, uma vez que eu vim com uma mão bem agressiva e para o meu oponente vieram apenas remoções, e depois dele desperdiçar um Raio Voltaico em dois Galopa-Avalanche de Makindi sem reparar que eu tinha uma Fecth pronta pra estourar e salvá-los o jogo desandou e a porrada final contou com um mítico Makindi 13/12 junto de outros bixos crescidos.
Já no torneio de sábado, Modern, com um pouco mais de gente, possibilitando 4 rodadas, consegui o quarto lugar com um emocionante 2-1-1 bem interessante usando uma lista que seria uma versão Modern de um deck que aprecio muito, o Death & Taxes.

Na primeira rodada começou a emoção, game 1 com mulligan pra 4 contra um UG Infect, comprei 8 terrenos consecutivos, deixei meu oponente com 1 de vida e morri depois de perder os poucos bixos que havia resolvido ao longo de quase meia hora. Algo que foi compensado nos games 2 e 3 com um rápido lock de Árbitro Leonino e Quarteirão Fantasma.
Na segunda rodada peguei um Grixis Delver, no game 1, depois de muitas trocas justas, devido à insana vantagem de cartas desse deck acabei morrendo com poucos tapas de um Tasigur e seu companheiro Grumag. No game 2, apesar do meu erro ao sidear (não coloquei nada contra os burns) consegui encaixar a sequencia perfeita de Familiar do Juiz, Thalia, Árbitro Leonino e Quarteirão Fantasma finalizando em poucos tapas também. No game 3, agora com ele começando, insisti no erro do side e errei mais uma vez ao não castar um Caminho para o Exílio em um Investigador de Segredos Flipado no início do jogo, a partida se prolongou até acabar o tempo e no turno 4, no turno do meu oponente ele causou exatamente os 12 de dano que precisava para garantir a vitória.
A terceira rodada serviu para que eu recuperasse a humildade e percebesse que o jogo existe também (e principalmente) para a diversão. Era um BG que só tinha terrenos básicos (o que nerfou em muito meu deck) e fazia um ramp absurdo pra castar Eldrazis não muito fortes. Acabou que a primeira eu perdi para 6 tokens 1/2 me espancando depois de perder todos as minhas criaturas pra uma remoção que dava -1/-1 só para as minhas. No game 2, já com aquele frio na barriga característico de se ferrar por ter subestimado um deck claramente iniciante, joguei com mais atenção, levei ele a 1 de vida e ele me resolve um Ulamog novo arrancando meus dois bixos voadores e me deixando apenas com o Leonino, bate com ele no turno seguinte e deixa só um bixinho pra block, e pra minha alegria eu tinha um Desmembrar na mão desde o início do jogo. Já no game 3 o famoso lock do Árbitro Leonino com Quarteirão Fantasma (e Path) funcionou novamente e o jogo acabou rápido. 2 a 1 suado, mas revigorante.
Devido aos resultados malucos, caso eu ganhasse a última rodada eu ainda ficaria em primeiro lugar, o que me animou bastante para a última rodada, e não foi menos emocionante do que as outras. Grixis Twin. No game 1, depois de várias trocas características dessa combinação de cores, consegui encaixar alguns bixos que atrapalharam o combo enquanto fui agredindo aos poucos até finalizar com 2 Asas da Inexistência tirando os blocks da frente e ajudando na conta. No game 2, cometi o mesmo erro da primeira vez que enfrentei um Grixis e não dei side-in no Atendente da Forja de Burrenton. O jogo se prolongou um tanto devido a um Desprezador de Mágica dele e alguns Revogador Phyrexiano meus, mas um Lavamante acabou arrancando meus bixos aos poucos e ele combou. No game três eu mantive uma mão bem agressiva que continha também duas remoções, mas não consegui bater muito nele, pois com 13 de vida ele já conseguiu responder a todos os meus bixo com um único Fúria dos Deuses. Pronto para combar, ele começou a descer os bixos e comprar cartas loucamente enquanto eu só comprava terrenos. Um Mikokoro ma ajudou a comprar a terceira remoção e o tempo acabou. Cheio de bixos e cartas na mão ele tentou combar no turno 5, respondi com as remoções e o jogo acabou empatado.
Minhas impressões, primeiramente sobre o alcance do Atarka Red que eu pensei que fosse alcançar colocando mais Makindi por causa do atropelar e fogo estavam equivocados, tanto que em futuras listas não pretendo usar tantos Makindi, mas o fogo serve muito mais ao meu estilo de jogo (não berserker) do que um exagero de pumps. Aliás, gostei bastante também dos Mandris e até acho que valha a pena usar 12 fecths ao invés de 10 e enfiá-los no Main Deck.
Sobre o “Death & Taxes”, foi a primeira vez que utilizei o Caçador de Demônio e gostei do bixo. Também gostei de usar 2 Espírito do Labirinto no main deck principalmente pela pancada dele ser razoável e a restrição que ele impõe atrapalha consideravelmente boa parte do field. Acho que a impressão mais significante fica por conta da minha atenção mesmo, que por ser um deck difícil de se pilotar eu deva pensar melhor em cada ação e nos sides.

Por hora é isso, fiquem à vontade para opinar e até mais...