domingo, 6 de dezembro de 2015

Final da Liga LojaBat

Olá, seja bem vindo a mais um report de Magic, este, do torneio referente à final da liga da LojaBat, de Londrina, que aconteceu no domingo, dia vinte e nove de novembro,  com todos aqueles que garantiram suas vagas no decorrer dos últimos doze meses conforme as regras do campeonato. Felizmente eu e o meu sócio tínhamos garantido nossas vagas e felizmente também ele conseguiu montar um deck relativamente competitivo que não compartilhasse cartas com o, até então, único deck competitivo que tínhamos, o Atarka Red de Combo. Ele ficou com o BW de Guerreiros e eu com o Combo do Atarka conforme pode conferir a lista que usei.

A maior evolução que tive nesse torneio especificamente foi compreender que esse deck não se trata de um Aggro, mas de um Combo, com um Aggro relativamente fraco de plano secundário. Enxergar o deck dessa forma me fez aproveitar bem melhor suas possibilidades, e até optar por sides e discretas mudanças mais coerentes com o plano do deck. Sem mais delongas, vamos aos matches. O torneio seguiria com cinco rodadas e corte pra top 8 com premiação para os quatro primeiros.
Primeira rodada peguei um GW Aggro, e por medo de uma mão pior acabei mantendo uma mão com opções aggro relativamente fracas. No decorrer do jogo, depois de agredir um pouco e trocar criaturas, com meu oponente ficando na vantagem sempre, ele acabou ficando com um Guardião da Primeira Árvore 4/4 (um marcador do Comando de Dromoka) com vínculo com a vida, seis pontos de vida e eu apenas com um Comando de Atarka na mão e sem bichos. Ele bate, eu uso o comando pra ele não ganhar vida e ir a três e na minha vez compro outro comando. Não achei merecida a vitória, mas aproveitei a sorte. Na segunda eu mantenho uma mão bem parecida com a primeira. Logo no início ele faz um Guardião ficar 3/3 com vínculo com a vida desde o primeiro tapa. Eu respondo com fichas de goblin e comando de Atarka dando +1/+1 e três nele, levando ele a oito de vida. Na vez dele ele bate novamente com o Guardião voltando a onze e fazendo outro guardião 3/3, esse sem vínculo com a vida. Com três cartas na mão eu bato com Zurgo e cinco fichas, ele bloqueia o Zurgo, eu dou +6/+6 pra um token com Tornar Imenso, em resposta ele põe marcador do Guardião dele e briga com o alvo da minha mágica com o Comando de Dromoka ficando sem terrenos desvirados. Então eu uso as outras duas cartas da minha mão, uma Força de Titã e uma Fúria de Batalha Temur em outro goblin que passou. Onze certinho e eu começo bem a final com um 2-0. Segundo comentários dele mesmo, ele jogou muito errado na primeira, a que eu ganhei por sorte no topdeck. Eu não tinha como saber, já que a primeira acabou com ele tendo várias cartas na mão. Eu fiz o máximo que a minha sorte me permitiu.

Segunda rodada e eu pego um Jeskai. Na primeira começo de Lança Veloz e meu oponente de terreno que entra virado. Turno dois faço dois goblins com Forragem de Dragão e bato com a Lança levando ele a dezessete de vida. Na vez dele ele mata a Lança com um Rugido Dragônico revelando um Regente vermelho. Eu volto de Abade revelando Tornar Imenso, e bato com os goblins antes de passar. Ele volta com Ginete de Mantídeo batendo. Eu faço outro Abade que revela Zurgo, bato e ele bloqueia um token, indo a doze, eu faço o orc e passo. Ele estoura uma fecth indo a onze, faz outro Ginete, bate e passa com Monastério Místico em pé. Eu bato com todo mundo, ele bloqueia um abade em cada Ginete, eu faço Fúria de batalha em um deles, mas ele mata em resposta com fogo tomando só três e perdendo só um Ginete. Antes de passar faço outro abade seco. Na vez dele ele faz o Regente, deixa o Monastério Místico em pé de novo, bate com o Ginete e passa. Eu faço Lança Veloz (ficando com o abade, Zurgo, ficha de Goblin e ela) e bato com todo mundo, ele bloqueia o abade no Regente e a Lança no Ginete. Eu faço Fúria de Batalha no Regente bloqueado, ele anula, e depois eu faço outra, levando ele a um de vida e deixando sem bichos e ele recolhe. Na segunda eu mantenho uma mão com mágicas de fazer bicho, três fecths e o combo. Com quatorze de vida ele se fecha pra fazer um Ojutai em cima do meu token de Goblin, me obrigando a conjurar Comando, Tornar Imenso e Fúria de Batalha Temur. Erro grosseiro dele, já que tinha remoções na mão. Enfim, bom pra mim, 2-0, 2-0.

Na terceira rodada peguei mirror e já podem imaginar como o jogo foi “legal” né. Na primeira quem começou foi meu oponente que não abriu tão agressivo, mas foi matando meus bichos e batendo sem parar, quando com cinco de vida ele ainda comba. (Não precisava disso amigo hahaha). Na segunda houve uma certa trocação justa até eu resolver um Regente. Ele veio pra cima sem cartas na mão então bloqueei tranquilo ficando com o Regente e mais um token. Na volta com uma Força de Titã e Fúria no Regente bati os exatos quinze de vida que ele tinha. A terceira foi marcada por mais trocação, mas ter vindo menos fecths pra ele do que pra mim fez com que ele não tivesse cemitério suficiente pra combar e quando os dois estavam com nove de vida decidi “arriscar” e não tomei a remoção em resposta. 2-1, 3-0.
Abzan é sempre ruim de pegar, e justamente agora que bastava ganhar pra ter tranquilidade de entrar no top 8, mas não teve jeito, me enchi de coragem e fui enfrentar o meu algoz. Na primeira eu bem que tentei bater, levando ele a nove de vida, mas dois Guardião da Primeira Árvore e um Rinoceronte de Cerco já me deixaram suficientemente chateados. Na segunda eu abri uma mão realmente forte do plano B do deck, tomando apenas dois de dano por causa das minhas fetchs. Ele respondeu quase tudo e com coisas que normalmente desequilibram, mas acabei matando. Na derradeira, comecei de Lança Veloz, Lança Veloz e Força de Titã enquanto ele fez dois terrenos virados e um Guardião que só foi crescer depois. O Guardião acabou trocando com uma das Lanças enquanto a outra causou mais cinco de dano. Ele voltou de Caminhante de Aeródromo com dois marcadores enquanto eu fiz três tokens e bati, fazendo dois tópteros voarem. Ele fez um Morph e passou pra bloquear a galera. Eu bati com todos oferecendo as bênçãos do Comando de Atarka após ele bloquear a lança e dois tokens, indo a um de vida, ficando sem bichos e me deixando com dois tokens e a Lança casca grossa. Quando ele resolveu o Rinoceronte do topo eu confesso que quase chorei, porque eu estava sem cartas na mão. Mas o dia estava realmente pra mim, e o topo me enviou um Tornar Imenso bem oportuno. 2-1, 4-0 e garantindo o top 8.

Cansado de Abzan, e podendo empatar, foi o eu eu fiz com meu match da quinta rodada, ficando em primeiro no suíço. Meu sócio que estava 3-1 conseguiu, também empatando a última entrar no top 8. O pessoal decidiu splitar a premiação do top 4 entre os oito (fazendo todos mais felizes) porque alguns já precisavam ir embora.
Bonus Matches: Primeira rodada do top 8 foi contra um Esper Dragons. Eu já tive jogos bons contra esse deck, já tive jogos ruins, mas esse jogo deu até dó do rapazinho (oi Vinícius). Ganhei no dado, comecei de Lança e ele de terreno que entra virado. Fiz dois tokens e bati de novo. Ele fetch vai. Fiz três tokens e bati com o povo. Ele estourou a fetch e fez Antecipar. Bati com a galera, ele mandou eu sacrificar um bicho e ganhou 4 de vida. Eu dei dois comandos e ele mandou um “nossa” bem sincero. Acho que foi bem fácil porque foi o primeiro game que joguei contra uma ostra. Ele simplesmente não fez nada. Na segunda, pra variar eu comecei de Lança Veloz (e ele começou chorar). Fiz uns tokens, ele foi matando, dei comando ele anulou, mas teve um carinha do side que fez ele chorar. Fiz Morph vai com três bichos pequenos na frente de um Tasigur. Ele fez o poderoso Ojutai vai. Eu conjurei Força de Titã na minha manutenção no Morph (pra escolher a draw também), virei o Protetor do Covil pra cima pegando a Força de Titã de novo de fiz ela nele novamente batendo enquanto ele tentava entender o que acontecia. Na vez dele ele comprou umas quinze cartas e passou. Eu bati com todo mundo. Ele mandou um “to levando” esperando eu jogar alguma coisa, mas aquele dano era letal, eu informei, ele matou um dos bichos, eu dei +6/+6 pagando uma verde, ele deu um counter... a menos que eu pagasse duas incolores... que eu tinha. GG ÍZI!!!

A semi-final eu passei direto porque o menino tinha ido embora e foi direto pra final. Contra o Abzan que eu tinha empatado na quinta rodada do suíço. E sabe aquele lance de jogar contra uma ostra? Então, ele deve ter sentido isso. Não lembro nem como o jogo começou, mas uma hora eu estava sem bichos e cartas na mão e ele fazendo um Rinoceronte atrás do outro. Que pesadelo. Poderia ser pior? Talvez, na segunda fiz mulligan pra 4 e ainda assim não fiquei com uma mão decente (como se fosse possível com quatro cartas né). Mas sabe a parte boa, o cara que ganhou é um cara gente fina pra caramba (oi Rinaldo). Parabéns cara!!!


A liga da loja foi um negócio bem organizado e eu gostei bastante de ter participado, uma pena que nem todos que tinham vaga conseguiram participar, mas foi muito bacana, espero que nesse novo ciclo tenha algo tão legal quanto na loja. Só acho que o pessoal da cidade tinha que prestigiar mais os eventos que acontecem aqui também, pro nosso próprio bem, pra comunidade não morrer é preciso de interesse de todos os lados, e nesse sentido, a iniciativa da loja foi bem da hora. Enfim. Considerações acerca do deck, ao menos que eu tenha notado, o encantamento que decidi colocar no deck parece legal, mas é uma bosta, eu não colocaria de novo, e talvez trocaria o dragão pelos pais da Chandra no side, mas o report tá muito grande já, fica pra próxima. Abraço.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Circle

Muito relutantemente acabei ouvindo a dica de um amigo a respeito de um filme que ele havia assistido no Netflix. A propaganda foi muito boa, e confesso ter demorado para conferir justamente por conta disso, quando ficamos com aquele receio da expectativa arruinar a experiência que algo poderia nos trazer. No caso, isso não aconteceu e foi uma experiência fantástica a que eu tive assistindo sozinho, no silêncio do meu quarto, a esse filme que agora eu indico. Aliás, aconselho que, antes de continuar a leitura, assista ao filme, ele se chama “Circle” e, além do Netflix eu não faço ideia de onde possa ser encontrado.
Comecei com um pé atrás, mas a imersão provocada pelo início começou a me ganhar. A luz baixa, ficando mais clara conforme as pessoas em volta do círculo iam acordando pareceu estar dizendo que eu despertava para o filme tal como cada um deles, e eu mal sabia que essa meta linguagem estava só começando.
De repente um raio e “bum”. Um dos cinquenta cai e não se levanta mais. Alguma coisa o puxa para além da vista dos demais e fim. Assim, sem explicação, sem pedir permissão, sem que ninguém soubesse quem era. Ele morreu. Tal como a morte acontece na vida das pessoas. Talvez para os mais próximos faça falta. Talvez não houvesse nenhum conhecido. Todos se assustaram como que houve. Se importaram com a possibilidade de ser o próximo, jamais com o sujeito. A gente vê muito isso na vida.
Passa um tempo, outro raio. Mais um tempo, outro raio. E o ciclo se repete até que decidem fazer alguma coisa. Alguém assume a posição de porta-voz. Descobrem que podem votar em quem seria o próximo, levam em conta algum argumento aceito pela maioria. E a minoria? Eles estavam sendo votados, tentando explicar porque as coisas não deveriam ser assim. E atingidos pelos raios antes de concluírem. De tempo em tempo alguém vai morrer, então, vamos fazer algo com esse tempo ou vamos nos lamentar? Julgar os demais? Discutir? Até que ponto isso é “fazer alguma coisa”? Aquelas cinquenta pessoas, agora um pouco menos, formam um círculo, e nas nossas vidas fazemos parte de alguns. Em que circunstâncias votamos ou somos votados a deixar de fazer parte deles? Em quais deles estamos tomando esse raio nos fundilhos?
O porta-voz é acertado pelo raio após se enrolar em seus argumentos. Acho que já ouvi falar de alguém que tomou a frente em uma situação problemática, apresentou uma solução que foi aceita pela maioria e depois foi execrado por elas. E assim acontece mais algumas vezes. Começam então argumentos mais pessoais, apelam para uma possível ética, ataques com e aos mais variados preconceitos, julgamentos fervorosos em determinado momento fica bastante evidente que o que mais diz respeito sobre cada um é a forma como julga os outros. E então começo a ver como tem uns caras mais sensatos que outros, e como tem uns filhos da puta. Como conseguem julgar os outros só pelas aparências e algumas frases que acabaram de dizer? Mas peraí... é exatamente o que eu estou fazendo enquanto assisto, já que estou com eles ao mesmo tempo que cada um dos outros.
Alguns começam a se lembrar onde estavam quando foram parar no círculo, e mesmo que alguns não se lembrem, uns afirmam ter absoluta certeza de que existem outros círculos. Mesmo sem lembrar direito, eles sabem que existe algo além daquilo ali e que vieram de algo anterior a aquilo. Caramba, de onde vimos e para onde vamos... e dois minutos depois... raio na cara. E quem diz que esse raio mata? Ele pode só desmaiar e quem sabe, de repente acordar em outro círculo. Esse raio pode apagar sua memória desse círculo. Aaaaah, são tantas possibilidades, são tantas dúvidas, mas não há tempo para pensar em tudo isso já que são perguntas sem resposta, uma vez que o tempo aqui é limitado. É preciso “fazer algo”.

Chegando no final, e a minha conclusão a respeito é que... devo assistir de novo, talvez prestando mais atenção, pois o final me pareceu meio besta, e não acho que a vida seja essa besteira.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O dom de ser Professor

Semana passada teve início o meu estágio de observação no curso de Licenciatura e foi com certa nostalgia que entrei numa sala de aula do ensino médio quinze anos depois da última vez que entrei em uma como aluno. É meio complicado dissociar a visão de um aluno completamente desinteressado, como era o caso, da visão de um professor em potência ao observar as aulas, já que, ainda que muitos anos tenham se passado e a evolução tecnológica tenha construído um espaço completamente novo nas salas de aula, os papéis representados pelas figuras dentro da sala são os mesmos, e o roteiro pode sofrer algumas alterações, mas a obra segue ainda a história original.

Quando citei o desinteresse não foi com o sentido de crítica, mas de constatação de um fato. Pra que você também faça isso basta se lembrar de como funcionava sua agenda quando estava no ensino médio. O que era mais importante? Levando isso em conta, eis o que julgo ser o primeiro dos desafios de um professor: Como despertar o interesse de uma turma inteira de alunos para aquilo que pretende abordar?
Se eu tenho a resposta? Claro que não, mas a cada reflexão sobre o assunto, meu respeito aos professores que tive (e tenho) aumenta e muito. A professora de matemática que jogava giz na molecada pra que se concentrassem, eu achava maluca, mas nunca consegui esquecer bhaskara. O professor de filosofia que estourou uma bexiga sem conexão alguma com nada do que ele estava falando, mas não esqueço que ele estava falando de ato e potência, e os exemplos não param, mas também não é somente sobre isso que quero falar.
As dificuldades dentro da sala de aula são muitas, desde a própria evolução tecnológica que poderia estar servindo aos propósitos docentes, mas que na esmagadora maioria das vezes serve como mais uma distração, até o conceito formado que toda a sociedade tem acerca do papel a ser exercido pelo professor e pelo aluno. Mesmo a metodologia bancária, ou seja, o professor fala e os alunos escutam, estando obsoleta, é o que os alunos e responsáveis esperam e qualquer coisa diferente disso gera um choque muitas vezes sem bons resultados, um reflexo de outra dificuldade, mas que vem de fora, a educação.
Não parece clara a diferença da educação enquanto comportamento e conveniência social e da educação enquanto formação. São dois momentos distintos, mas complementares no processo. Um aluno não chega na escola pronto para receber conhecimento e retornar mais sábio pra casa apenas, até porque o processo das aulas proporcionam aprendizado em uma via de mão dupla. Mas professor nenhum pega alunos enquanto tabulas rasas para imprimir neles a cultura da qual eles devem preferir ou não. Essa educação enquanto comportamento, cultura e conveniência social é potencializada pela figura do professor, mas ela é desenvolvida bem antes da escola, trata-se da subjetividade de cada um.

É claro que essa visão ainda se trata de um recorte que um humilde graduando faz da parte que lhe é observável e muitas outras dificuldades poderiam (e deveriam) ser comentadas, mas de todo modo, o mínimo que podemos ter com relação a aqueles que nos ensinaram desde escrever o próprio nome até a desenvolver teorias complexas a ponto de alimentar o nosso ego, é respeito e gratidão por uma figura que se capacita e aceita uma profissão de extrema importância sem deixar tão claro que possuem um dos mais valiosos dons pra exercê-la, o dom de ser professor.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

É o que tem Abzund no Game Day BFZ

Com a valorização do dólar e a possibilidade de uma melhor utilização das Fetchs no Standard, os decks passaram a ficar cada vez mais caros em uma escala assustadora, o que limitou bastante a participação de times como o meu, que consegue ter no máximo um set das melhores cartas do formato. Sendo assim, decidimos para o Game Day de BFZ por montar um deck “fechado” (Red Atarka) e um outro com “o que tem”, e esse “o que tem” acabou por ser um compilado de cartas fortes com uma base de mana horrorosa, ou seja, a lista que se segue, o qual chamei carinhosamente de Abzund.
Eu achei que fossem aparecer mais mono-reds no campeonato e para minha surpresa, das 16 pessoas, somente 2 estavam com o deck, e um deles era o meu sócio, o que me deixou menos preocupado, já que decks rápidos seriam minha caveira, segundo o treino que fizemos na terça-feira da semana do Game Day.
Na primeira rodada peguei um UB Aristocrats, um deck similar ao que eu havia jogado algumas vezes antes do campeonato começar e tinha perdido 80% dos jogos. No game 1 não foi diferente, mesmo vindo somente a base preta dele, com 10 de vida ele começou a fazer as trocas típicas do arquétipo e me matou com três Degolador de Zulaport e alguns Rebentos Eldrazi sacrificados pra mana. Já no game 2 consegui encaixar um Envolver em Seda no Degolador de Zulaport e fechar com Sorin e Tokens de Proteger os Ermos. No game 3 ele veio meio devagar e travou no segundo terreno enquanto resolvi Rinoceronte de Cerco nos turnos quatro, cinco e seis. Começo meio dramático, mas consegui ganhar. 2-1 1-0.
Segunda rodada peguei um Esper Dragons. O game 1 foi bem tenso desde o começo com meu oponente respondendo absolutamente tudo que eu tentava fazer, até que resolveu um Ojutai seco e passou. Ainda no turno dele resolvi um Fim Crepitante. Com Protetor do Covil e Comando de Kolaghan na mão, comecei a bater e minar os recursos dele até fechar o jogo. No game 2, depois de 2 Coação ele foi obrigado a fazer o Ojutai sem nenhum outro recurso, o que acabou complicando o jogo pro meu lado. Com 4 de vida eu consegui remover o Ojutai e alguns turnos mais tarde resolver um Rinoceronte de Cerco que fechou a partida. 2-0 2-0 e eu já me animava com a possibilidade de um Top 4, já que para Top 8 seriam necessários ao menos 17 jogadores.
Terceira rodada foi contra o Monoblack do cara mais legal que joga na loja (oi Tanaka), e pra minha preocupação, ele tinha acabado de ganhar do meu sócio. O game 1 ele abriu com Raivoso Queixo-Sangrento, Fanático Queixo-Sangrento e Titã de Érebo, que felizmente eu consegui responder com algumas remoções e fechar o jogo com dois Rinoceronte de Cerco. Como ele só havia resolvido criaturas médias e grandes, dei side-out em dois Raio Voltaico e side-in em duas Roca do Vôo Duplo. O game 2 foi meio truncado no começo porque ele fez várias criaturas pequenas que eu precisava trocar com meus drops 2 e 3 até que coloquei um Sorin na mesa, mas estava difícil de manter vivo. Depois de comprar um Rinoceronte e uma Roca seguidos eu consegui abrir uma certa vantagem e mesmo errando a conta do dano final consegui ganhar. 2-0 3-0 e só havia mais um 3-0 o qual empatamos e garantimos o Top 4. E as boas notícias foram que meu sócio ganhou na última rodada, indo pro Top 4 e o Tanaka também.

Como eu já havia “jogado” com os outros dois, fui pareado com meu sócio no Top 4, e para aumentar as chances da gente ganhar, deixei que ele passasse, e ele fez a final com o Monoblack.

Considerações finais para um deck que eu realmente gostaria de jogar de novo com uma base de mana decente, porque Protetor do Covil, Comando de Kolaghan, Rinoceronte de Cerco e Fim Crepitante são cartas que ganham jogo sozinhas. Destaque que o Game Day era de BFZ e dessa coleção eu não estava usando nem os terrenos básicos e tive um desempenho bom, segundo amigos e o próprio pessoal da loja, “um dia atípico”.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Atarka, Death & Taxes

Como não é segredo para ninguém, jogo Magic há um tempo já, e mesmo assim não cheguei nem perto de ser bom nisso, entretanto, como em todos os aspectos, pretendo aprimorar minhas habilidades nesse joguinho também, e em função disso, começarei a postar meu desempenho em alguns campeonatos, decisões delicadas e algumas listas para que os mais corajosos se arrisquem a interagir. Sem mais delongas, lá vai:
Primeiramente, a lista do Atarka Red que usei no Friday Night que, embora pequeno devido ao número limitado de jogadores, me possibilitou um resultado bem satisfatório. 3-0 sendo 2-0, 2-0 e 2-0.

Primeira rodada peguei um Esper Dragons, no game 1, embora não tenha aberto uma mão muito explosiva, cheguei a deixá-lo a 1 de vida no início do jogo, mas com alguns “Invocação da Língua Vil” e “Comando de Ojutai” ele conseguiu voltar pro jogo e estabilizou a 8 de vida com um Ojutai em jogo. Aí que eu comprei dois Excelência em Pirotecnia seguidos e meu oponente morreu com uma mão cheia de counters. No game 2, mesmo com ele começando e resolvendo 2 Clérigo Arashin não foi possível passar do turno 5, onde a porrada somou 17 de dano só nesse turno.
Segunda rodada o jogo foi contra um WW bem chato, o qual já havia me derrotado outras vezes, mas o dia estava bom pra mim e todas as mágicas vieram na hora certa, tanto no game 1 quanto no game 2, que resolvi um Raio Voltaico 3 por 1 seguido de um Ato de Traição em um Arcanjo dos Dízimos que desestabilizou completamente o meu oponente.

Terceira rodada foi um “mirror” e as aspas se dão pelo simples fato de a lista do meu oponente ser idêntica à vista no Open da StarCity e a minha ser a versão do “é o que tem”. O game 1 foi bem apertado com várias trocas justas e decidida no top deck de um Excelência em Pirotecnia quando ambos estavam já sem bixos, já o game 2 foi meio estranho, uma vez que eu vim com uma mão bem agressiva e para o meu oponente vieram apenas remoções, e depois dele desperdiçar um Raio Voltaico em dois Galopa-Avalanche de Makindi sem reparar que eu tinha uma Fecth pronta pra estourar e salvá-los o jogo desandou e a porrada final contou com um mítico Makindi 13/12 junto de outros bixos crescidos.
Já no torneio de sábado, Modern, com um pouco mais de gente, possibilitando 4 rodadas, consegui o quarto lugar com um emocionante 2-1-1 bem interessante usando uma lista que seria uma versão Modern de um deck que aprecio muito, o Death & Taxes.

Na primeira rodada começou a emoção, game 1 com mulligan pra 4 contra um UG Infect, comprei 8 terrenos consecutivos, deixei meu oponente com 1 de vida e morri depois de perder os poucos bixos que havia resolvido ao longo de quase meia hora. Algo que foi compensado nos games 2 e 3 com um rápido lock de Árbitro Leonino e Quarteirão Fantasma.
Na segunda rodada peguei um Grixis Delver, no game 1, depois de muitas trocas justas, devido à insana vantagem de cartas desse deck acabei morrendo com poucos tapas de um Tasigur e seu companheiro Grumag. No game 2, apesar do meu erro ao sidear (não coloquei nada contra os burns) consegui encaixar a sequencia perfeita de Familiar do Juiz, Thalia, Árbitro Leonino e Quarteirão Fantasma finalizando em poucos tapas também. No game 3, agora com ele começando, insisti no erro do side e errei mais uma vez ao não castar um Caminho para o Exílio em um Investigador de Segredos Flipado no início do jogo, a partida se prolongou até acabar o tempo e no turno 4, no turno do meu oponente ele causou exatamente os 12 de dano que precisava para garantir a vitória.
A terceira rodada serviu para que eu recuperasse a humildade e percebesse que o jogo existe também (e principalmente) para a diversão. Era um BG que só tinha terrenos básicos (o que nerfou em muito meu deck) e fazia um ramp absurdo pra castar Eldrazis não muito fortes. Acabou que a primeira eu perdi para 6 tokens 1/2 me espancando depois de perder todos as minhas criaturas pra uma remoção que dava -1/-1 só para as minhas. No game 2, já com aquele frio na barriga característico de se ferrar por ter subestimado um deck claramente iniciante, joguei com mais atenção, levei ele a 1 de vida e ele me resolve um Ulamog novo arrancando meus dois bixos voadores e me deixando apenas com o Leonino, bate com ele no turno seguinte e deixa só um bixinho pra block, e pra minha alegria eu tinha um Desmembrar na mão desde o início do jogo. Já no game 3 o famoso lock do Árbitro Leonino com Quarteirão Fantasma (e Path) funcionou novamente e o jogo acabou rápido. 2 a 1 suado, mas revigorante.
Devido aos resultados malucos, caso eu ganhasse a última rodada eu ainda ficaria em primeiro lugar, o que me animou bastante para a última rodada, e não foi menos emocionante do que as outras. Grixis Twin. No game 1, depois de várias trocas características dessa combinação de cores, consegui encaixar alguns bixos que atrapalharam o combo enquanto fui agredindo aos poucos até finalizar com 2 Asas da Inexistência tirando os blocks da frente e ajudando na conta. No game 2, cometi o mesmo erro da primeira vez que enfrentei um Grixis e não dei side-in no Atendente da Forja de Burrenton. O jogo se prolongou um tanto devido a um Desprezador de Mágica dele e alguns Revogador Phyrexiano meus, mas um Lavamante acabou arrancando meus bixos aos poucos e ele combou. No game três eu mantive uma mão bem agressiva que continha também duas remoções, mas não consegui bater muito nele, pois com 13 de vida ele já conseguiu responder a todos os meus bixo com um único Fúria dos Deuses. Pronto para combar, ele começou a descer os bixos e comprar cartas loucamente enquanto eu só comprava terrenos. Um Mikokoro ma ajudou a comprar a terceira remoção e o tempo acabou. Cheio de bixos e cartas na mão ele tentou combar no turno 5, respondi com as remoções e o jogo acabou empatado.
Minhas impressões, primeiramente sobre o alcance do Atarka Red que eu pensei que fosse alcançar colocando mais Makindi por causa do atropelar e fogo estavam equivocados, tanto que em futuras listas não pretendo usar tantos Makindi, mas o fogo serve muito mais ao meu estilo de jogo (não berserker) do que um exagero de pumps. Aliás, gostei bastante também dos Mandris e até acho que valha a pena usar 12 fecths ao invés de 10 e enfiá-los no Main Deck.
Sobre o “Death & Taxes”, foi a primeira vez que utilizei o Caçador de Demônio e gostei do bixo. Também gostei de usar 2 Espírito do Labirinto no main deck principalmente pela pancada dele ser razoável e a restrição que ele impõe atrapalha consideravelmente boa parte do field. Acho que a impressão mais significante fica por conta da minha atenção mesmo, que por ser um deck difícil de se pilotar eu deva pensar melhor em cada ação e nos sides.

Por hora é isso, fiquem à vontade para opinar e até mais...

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Mad Max, Estrada da Fúria

Primeiramente, gostaria de dizer que fui atraído pela continuação (?) de uma franquia que devo ter visto quando criança, numa época em que não entendia muito das coisas e não dava muita importância pra isso, (tipo hoje em dia, mas eu tinha cabelo) onde o foco seria ação, explosões, cenas e frases legais recheados com personagens bizarros. Neste ponto, posso dizer sem sombra de dúvidas que o filme não só atendeu a expectativa, mas superou em muito.
Sempre que me disponho a ver um filme, seja ele qualquer um, gosto de fazer uma espécie de análise depois, levando em conta se foi bom ou não, e para isso, ainda que eu não seja nem de longe um entendido do assunto, avalio diversos fatores como atuações, profundidade do enredo, críticas envolvidas, lógica (porque não, né?) e o principal, se me divertiu ou não, e para este último, confesso que me limito a simplesmente tentar entender o porquê, já que várias vezes eu sei que o filme foi muito bom, mas fiquei deveras entediado (Gravidade mandou lembranças).
Diante disso, o que posso dizer do Max Malucão? Bom, do começo ao fim o filme me ganhou na “fodareze” dos personagens, colocando logo de cara o dito cujo esmagando um lagarto bugado com a bota e mandando ver na sua boia antes de ser atacado por assaltantes em carangos repletos de coisas explosivas. O desertão pós apocalíptico, não só me convenceu, como me fez me sentir lá, naquela situação de merda.
Na sequencia, a “família real” toda bizarra acaba se tornando um aviso do tipo: Você está certo de que quer continuar? (E como não, né amigo? Eu vim aqui pra isso!!!) Depois surgem os “meia-vida” mostrando como as coisas poderiam ser ainda piores nessas terras, e vejam só, Max serviria de bolsa de sangue a um “meia-vida” que estaria mais pra “um-quarto-de-vida” (e que se tornaria um dos personagens preferidos).
Por último, e sim, pra mim a mais importante, Imperatriz Furiosa. Charlize Theron não mostrou só continuar estupidamente gata, mesmo careca, sem um braço, toda zoada de graxa e num traje que não a ajudaria em nada com relação a isso, como também uma atuação monstruosa, mantendo durante todo o filme uma expressão que me fez sentir tudo o que passava pela sua cabeça durante a fuga de uma forma que falas e mais falas jamais fariam melhor. (Como é bom ver alguém fazendo algo bem feito!)
Quanto a ação, não há o que falar do filme. Tiroteio, explosões, montanhas vindo a baixo, rachas de carros, motos, tratores, briga na tempestade. Tudo foi tão empolgante que o filme se deu ao luxo de cortar uma cena de ação. SIM, MAX VIRA AS COSTAS, OUVEM-SE EXPLOSÕES E ELE VOLTA TODO CAGADO DE SANGUE, COM ARMAS E MUNIÇÃO!!!
Agora o que veio de bônus no filme, foi a análise filosófica que eu até comecei a fazer, mas que foi aprofundada depois do filme conversando com mais gente que assistiu (Oi Dudu). Temos logo de cara, o Immortan Joe liberando um pouco d’água pro povo e mandando a frase: “não se viciem em água”. CARA!!! EM QUE MUNDO ALGUÉM PODE SE DAR AO LUXO DE PRIVAR OS OUTROS DE ALGO TÃO ESSENCIAL ASSIM? (Não, pera!) É exatamente assim que os direitos são tratados do lado de cá da tela por aqueles que “detém” o poder de concedê-los.
Depois vemos como é escancarada a ridicularidade da adoração aos carros, combustível e pólvora, como parece ridículo o fanatismo vindo do outro lado da tela quando o sujeito pinta a cara de prata pra se matar e chegar ao outro mundo “cromado”. Parece louco, parece engraçado, mas não parece muito diferente do lado de cá da tela. Gente perdendo a vida pra conseguir um carro ou vendendo suas crenças por estar fragilizado com alguma coisa parece até trivial.

Por fim, outra coisa que me chamou a atenção de uma forma extremamente positiva e que eu não consigo descrever a mensagem de outra forma senão me remetendo às cenas. Entendam como quiserem, mas o cara da guitarra num puta caminhão cheio de caixas de som e as velhinhas nas motocas estão nos dizendo algo. Algo que, ao seu modo, também é essencial!